"É de causar repúdio a abordagem do Jornal do
Commércio sobre a grave crise instalada em SUAPE, que hoje é um verdadeiro
barril de pólvora. Logo na capa, a foto de um manifestante emcapuzado, com um
pedaço de madeira na mão. Li toda a matéria, E EM NENHUM MOMENTO, o jornalista
Felipe Lima aborda o fato que motivou o protesto dos trabalhadores, ontem: O
DESCUMPRIMENTO, por parte dos patrões, da Convenção Coletiva de Trabalho,
assinada no mês de agosto deste ano, que garante a equiparação salarial com as
remunerações mais altas, dentro da mesma função. Um carpinteiro que trabalha há
dois anos exercendo a função no Complexo Industrial Portuário de Suape ganha R$
950, enquanto que um colega de profissão, que também trabalha na Refinaria
Abreu e Lima, recebe R$ 1.400. A diferença de salários entre trabalhadores na
mesma função chega a 40%, dependendo da empresa. Tem encanador industrial que
ganha R$ 1.950 na Petroquímica e outros, na mesma função, recebendo R$ 2.360 na Refinaria. O jornal do Commércio ainda tenta fazer
chacota relatando que os trabalhadores fizeram uma micareta, seguindo um trio
elétrico, quando este veículo foi usado para a realização da assembleia da
categoria. Sobre o cumprimento das decisões judiciais, é muitíssimo preocupante
o teor de muitas delas, ultimamente, em Pernambuco. Lembram da destruição da
Vila Oliveira, no Pina, onde os moradores tinham documento de posse sobre a
área ? Em suma, existe um GRAVE problema em SUAPE. E ele não será resolvido de
maneira unilateral. Trabalhadores; patrões e governo precisam negociar num
ambiente de respeito mútuo. Quanto ao princípio da imparcialidade jornalística,
ah!, isso parece ser um mero detalhe para o Jornal do Commércio. Lembremo-nos de
Dom Hélder, que dizia: "quem quiser que pense que o povo não pensa. O Povo
pensa ..."
*ENCAPUZADO
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